Tudo começou no emprego número 2. Na frente do sobradinho, uma amoreira, destas que imediatamente remetem a uma infância saudável. Pensei comigo: a vida é boa Greice, a vida é boa. E me agachei pra "colher" as amoras caídas sobre a casinha da água e os lugares onde ninguém havia pisoteado.OK, não dava tempo, nem tinha jeito de trepar no pé pra pegar as frutinhas, mas por que discriminar aquelas ali se poderia salvá-las? Por que adotar a frescura de uns quando outros passavam ali e pegavam do chão pra comer, na maior felicidade? E foi o que eu fiz. Diariamente comecei a juntar amoras, lavar, comer e compartilhar com os colegas de trabalho.No primeiro dia fiquei tão feliz que coloquei uma imagem de amoras no msn e minha frase dizia: Aqui eu colho amoras! E claro, houve repercussão.Tudo ia bem... até que um dia, chegando no emprego 1, me deparo com uma amoreira.E o que é pior, ela SEMPRE esteve ali!!! MEDOOO Medo porque estou no emprego 1 há mais de 3 anos e NUNCA percebi a tal amoreira. E quando digo que não percebi, quero dizer que a vi, mas não percebi! Por alguma razão que eu nem quero pensar, porque me parece óbvia, eu não percebi... não o suficiente pra tentar salvar as amoras sobreviventes, pra medir o tamanho da árvore, pra balançar o galho, enfim, o que fosse. E nesse dia eu comentei com uma colega-amiga do emprego 1: Que vida é essa que levamos? E ela me respondeu: pois é Grei, às vezes também me pego pensando, perguntando... será que estou VIVENDO ou só passando pela vida?E tudo isso também me fez pensar... porque isso tanto serve para as amoras como pode servir pra tantas e tantas coisas pelas quais tão somente PASSAMOS, mas não percebemos. Duvido que por hora eu tenha tempo de apanhar amoras em 2 empregos, mas uma coisa é certa... um olhar de AMOR hei de lançar pras duas amoreiras!
Este texto maravilhoso foi escrito pela minha mais nova amiga virtual Greice, e resolvi trazer aqui pra vocês. Quando o recebi por e-mail, através de uma lista de amigas, começaram a pipocar retornos e comentários deste saudosismo, desta falta de olhar com amor pelas coisas, que nos passam muitas vezes desapercebidas pela correria da vida. Então, acabou que o bate papo por e-mail acabou virando um fórum, com propostas de trocar idéias para uma discussão saudável, engraçada e às vezes até lúdica (mas quem não é de vez em quando?) e que resultaram também nestas fotos tiradas hoje pela manhã dentro do meu condomínio que é rodeado de ávores, inclusive amoreiras. Lindas!!!!
Espero que um dia a gente possa se reunir e filosofar sobre vários assuntos sentadas na grama, em baixo de uma amoreira, pitangueira, jabuticabeira, ou simplesmente uma árvorezinha sem frutos mas com muita energia (agora fiquei zen!).
Bjs e bom fimdi!