"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa







Não sou novela..... mas pode me acompanhar.

segunda-feira, abril 30, 2007

Baú de tesouros!


Sexta-feira à noite.
Deitamos em minha cama para assistir TV, eu e minha filha Camile.
Começa a novela. Não assisto, mas ela, sempre que pode dá uma espiada, pois a avó acompanha sempre.
Estou ali, lendo e de repente ela começa a falar sobre os personagens que estão aparecendo no momento.
Me diz:
“Mãe, ela (a personagem, interpretada pela Beth Goulart) só pensa em dinheiro, mas ele (o marido) e a filha não pensam que nem ela. A filha pensa que nem o pai."
Pergunto:
Mas o que ela quer?
Há, ela quer que o marido ganhe mais dinheiro e não se importa com o que ele gosta de fazer!

Olha, ele fez um bolo pra dar de presente pro fulano.
Eu: Hummm....... mas e o que tu achas disto? Quem tá certo?
Ela: Acho que o pai e a filha estão certos.
Eu: Porquê?
Ela: Sei lá, porque sim.
Eu: (Me vingo!) Porque sim não é resposta. Porque tu achas que pai e filha estão certos e a mãe não?
Ela: Ora, porque eu acho que as pessoas tem que ser felizes com o que elas tem e não querer o que é dos outros. Não é isto que tu sempre me diz?

Eu: Encho ela de beijos!

Minha filha é muito linda, além de muito inteligente. Sempre me surpreende com estas pérolas de vez em quando. Ela é eloqüente deeeemaaaaiiiis. Não pára um segundo, tem sempre um assunto pra falar, uma história pra contar (com detalhes). Às vezes penso que ela não presta atenção no que falo, mas sei que é o contrário, pois desde que era muito pequena, quando aprendeu a falar, de vez em quando ela sai com uma destas. A gente pensa que ela não tá nem aí pro mundo, mas é exatamente o contrário, tá sempre ligada. Acho guarda lá dentro da cabecinha o que realmente importa, mesmo que esteja fechadinho dentro de um baú pra resolver abrir assim de repente, surpreendendo.

E continua falando, falando, brincando, brincando.... sem parar.

É....... o essencial é invisível aos olhos.







quarta-feira, abril 25, 2007

Alguém aí sabia disto?



Uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências da UNESP (campus de São José do RioPreto), durante a pesquisa da sua dissertação de mestrado, descobriu que a borra de café produz um efeito que bloqueia a postura e o desenvolvimento dos ovos do Aedes Aegypti

O processo é extremamente simples: o mosquito pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, etc.A borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas tem custo zero.
O único trabalho é o de colocá-la nas plantas, inclusive sendo jogada sobre o solo do jardim e quintal.Os especialistas em saúde pública, entre eles médicos sanitaristas, estão saudando a descoberta de Alessandra, uma vez que, além da ameaça da Dengue 3, possível de acontecer devido às fortes enxurradas de final de ano, surge outra ameaça, proveniente do exterior: a da Dengue tipo 4.Conforme explica a bióloga, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos.Em seu estudo ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos efeitos verificados sobre a larva e o inseto adulto.A solução com cafeína pode ser feita com duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda e pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas.O mosquito se desenvolve até mesmo na película fina de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas, também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus, garrafas, latas, caixas d'água etc.)."A borra não precisa ser diluída em água para ser usada", diz a bióloga. Pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la.Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.Atualmente, o método mais usado no combate ao Aedes aegypti é o da aspersão dos inseticidas organofosforados, altamente tóxicos para homens, animais e plantas.





Recebi esta mensagem por e-mail e como ando quase sem tempo de atualizar este bloguinho, resolvi colocar esta notícia aqui e dividir com quem passa por aqui. Não sei se eu estou atrasada na notícia, mas nunca tinha ouvido falar antes sobre a borra do café no combate à dengue, mas andei pesquisando na internet e vi que tem algumas notícias referentes a este assunto com data de 2002. Por que será que esta maneira tão econômica não foi divulgada? Onde é que eu estava que não sabia disso? Alguém aí já tinha ouvido falar? Me corrijam se eu estiver errada, mas alguém tem interesse em combater os mosquitinhos com algum inseticida que além de caro, deve fazer mal à saúde.










terça-feira, abril 17, 2007

A dor é inevitável, o sofrimento é opcional!

DEFINITIVO!

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando
a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional....

Carlos Drummond Andrade

quinta-feira, abril 12, 2007

REFLEXÃO!



texto: paulo roberto gaefke
formatação: adao-las@ig.com.br

























segunda-feira, abril 09, 2007

Voando? Pulando? Não. Basta clicar.





Há semanas venho pensando neste assunto e então hoje resolvi escrever um pouco sobre nosso mundo tão virtualmente maravilhoso e que aproxima as pessoas mesmo estando em continentes diferentes, nos fazendo voar com asas imaginárias. São eles: os blogs. Acho que os blogs se tornaram uma grande ferramenta (enooorrrme) para gerenciar e compartilhar atividades e idéias para um grupo definido de pessoas, independente do assunto que cada blogueiro queira escrever ou que pura e simplesmente queira postar uma foto.
Agora já é moda, pra mim é quase um vício. Fico querendo escrever sobre diversos temas, vários assuntos, muitos assuntos ou até mesmo Mil Assuntos, o que me faz refletir sobre esta moda tão acessível e ao alcance de milhões de pessoas.
Quando pensei em fazer um blog, a princípio era somente sobre minhas artes manuais (crochê, tricô e outras coisinhas). Foi o que fiz, sempre com algum comentário sobre a foto postada, mas como gosto de escrever e escrevia alguns textos nada a ver com o blog artesanal, resolvi então, criar outro, somente com esta finalidade: Mil Assuntos.
Confesso que amo isto aqui, adoro escrever, visitar outros blogs, comentar, ser comentada, visitada e andar pelo mundo afora sem sair da frente do computador. Há regras pra escrever? Com certeza há sim, mas eu as ignoro, não totalmente, mas não caio naquela de que "temos que evitar o vocabulário tradicional da sua região" ou "evite parênteses", etc... Falo e escrevo o que sinto, com o coração e sem querer entrar para a listinha “The best”.
Quando criei meu blog, não sabia nada a respeito, simplesmente fui na onda de algumas amigas e principalmente depois de ler o blog do
Éderson (ele é dez – tudo bem, sei que ele é tímido, talvez fique envergonhado, ou não, talvez meu marido fique com ciúmes, mas verdade seja dita: ele é dez mesmo).
Aos poucos fui aprendendo a postar fotos, colocar minha foto no perfil, lincar nomes aos blogs, etc,etc. Preciso aprender muita coisa ainda até deixar meu blog com minha cara, mas pra isso preciso fazer com que os guris (Tico e Teco) me ajudem. Não posso deixar que eles briguem, senão, não entra nada nesta cabecinha de porongo. Nada que uma bela noite de sono, um dia tranqüilo, uma coca-cola pra calibrar e uma temperatura agradável deixem os guris felizes, aí funciona.
Fico impressionada com esta onda, ou melhor com esta tsunami de informações virtuais que nos invade ao simples clic do mouse. É também, como se fossemos macacos, pulando de galho em galho, muitos deles na mesma árvore, outros em árvores distantes, mas que conseguimos alcançar e nos deliciar em seus frutos saborosos ou fazer caretas com os azedos.
Assunto é o que não falta, quando entro em alguns blogs, me apaixono de cara, já outros, preciso voltar diversas vezes até que lá pelas tantas, ele me conquista e em tantos outros, não adianta, não consigo dar continuidade a esta relação virtual.
Fazemos boas e grandes amizades, que é o melhor de tudo. Há diferença nos temas abordados, diferenças até no tipo de postagens, de comentários e é isso que é muito legal, pois há opções pra todos os tipos e gostos.
Cheguei a esta conclusão porque tenho estes dois blogs com assuntos bem distintos e os comentários são completamente diferentes um do outro. Gosto de pôr o linck pra que fique mais fácil o acesso, e não para demonstrar que também leio este ou aquele, que dou preferência mais pra um do que para outro. Acho que isto realmente não é o mais importante pra mim, pois muitas vezes o linck não está lá por pura falta de lembrança ou mesmo de tempo, que é precioso pra quem trabalha, cuida da casa, faz crochê, tricô e ainda gosta de escrever, mesmo que sejam umas bobagens, pura abobrinha (mas que faz bem pro intestino....hehehehehe).
Apesar de gostar muito de ler e escrever, confesso que não tenho paciência em ler textos muito grandes, a não ser que sejam muito interessantes, mesmo eu gostando do autor do texto, sendo amiga do blogueiro(a), enfim, estas minhas esquisitices.
Alguns me assustam. Tu entra, lê e pensa: o que é isso? isso existe? É humano? Sim, porque tem blogs excessivamente inteligentes, não que eu não me considere, mas caramba, quem comenta isto? Eu é que não, alguém com certeza vai comentar, menos eu. Outros são divertidíssimos, além de muito inteligentes claro. Já outros, tem pouquíssimos textos, mas lindas fotos que dispensam qualquer palavra. E há aqueles que estão completamente fora da minha lista de preferidos, de lidos, de visitados, então, fico longe deles e esta macaca fica longe desta árvore.
Sei também que este meu simplinho e reles bloguinho deve passar pelo critério de muita gente e muita gente também deve não gostar, talvez até repugnar. Mas fazer o quê?........paciência!
Estamos todos aqui pra isso, pro mundo ver, ler, elogiar, ouvir, escutar, criticar e claro: comentar.













quarta-feira, abril 04, 2007

As perguntinhas...finalmente respondidas!









A Grazi pediu, vamos lá!

5 coisas que eu quero fazer antes de morrer:
Escrever um livro
Faculdade
Aprender a dirigir (preciso de coragem pra isto)
Um mural com as minhas fotos preferidas
Ganhar na mega (eu tento....)


5 coisas que eu faço bem:
Dormir (bah, durmo tri bem...hehehehe)
Amizade
Ouvir
Crochê/tricô (pelo menos é o que eu acho, dentro do que eu sei fazer... critério meu)
Amar


5 coisas que eu mais digo:
Com certeza
Bah
Tchê
Tri (até parece coisa de gaúcho)
Te amo


5 coisas que eu não faço (ou não gosto de fazer):
Cozinhar
Passar roupa
Discutir, brigar na frente dos outros
Ser mal educada
Prometer e não cumprir


5 coisas que me encantam:
Meus filhos
Crianças
Presentar
Gentilezas (estão cada vez mais raras nos dias de hoje)
Lindas paisagens, como por exemplo, o pôr do sol do Guaíba

segunda-feira, abril 02, 2007

MILHO PRÁ BODE

Recebi este texto hoje por e-mail e resolvi dividr com vocês. Nosso país tá virado numa terra sem-lei. Vergonhoso!!!

Nos meus tempos de vereador, quando algum nobre edil tentava aprovar projeto de lei que não era do agrado do prefeito, muitos nobres pares da bancada situacionista se contorciam de prazer. Sabiam que o atingido viria correndo negociar com sua base de apoio a rejeição do projeto. E era nessa hora que algumas excelências conseguiam cargos e outras benesses que a mais fértil imaginação nem ousava supor. Naqueles tempos, quando se farejava no ar que o vereador de oposição estava contribuindo para o adversário tirar vantagens suspeitas, dizia-se dele:
- Está dando milho pra bode.
Em outras palavras, o incauto estava enchendo a pança do astuto.

A Bayer tenta aprovar seu milho trânsgênico, na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), nestes dias 18 e 19 de abril.
O milho, chamado Liberty Link (LL), é resistente ao agrotóxico de princípio ativo glufosinato de amônio. Coincidentemente fabricado pela empresa.
O pedido é tão amplo que todo cruzamento, e novas espécies introduzidas a partir do milho LL, não precisarão de novas autorizações, à la onde passa um boi, passa uma boiada, neste país sem porteira...
Como esta planta faz fecundação cruzada, quando o milho transgênico polinizar o milho não-transgênico de nossas lavouras, a variedade resultante poderá dar direito de propriedade à Bayer.

A CTNBio encomendou três pareceres mas eles estão sob sigilo e não foram apresentados sequer em sua primeira audiência pública.
Os estudos que a Bayer apresenta estão em língua estrangeira, portanto, não têm efeito legal no Brasil. Assim, não servem de fundamentação para análises de risco. As afirmações são genéricas e não há referências bibliográficas.
Mais que isso: não parece razoável emitir pareceres sobre um produto baseando-se exclusivamente nos dados ofertados por seu fabricante.

Na véspera da reunião da CTNBio, o Presidente da República sancionou a lei número 11.460 que reduziu o quorum para aprovação de pedidos à CTNBio de 18 para 14 dos seus 27 membros. Esta mesma lei também autoriza o plantio de transgênicos em unidades de conservação. Uma beleuza!

Nenhum país da União Européia planta comercialmente o milho LL. É curioso, pois a Bayer é de lá.

Não, não. Não há nenhum motivo para que duvidemos de todo o processo. Nós só estamos servindo de boi de piranha e alguns notáveis patriotas, dando milho pra bode.
E que milho!

Por isso, esta deixou de ser uma questão de biossegurança e já se transformou em uma questão de segurança nacional. Perder a guarda de suas sementes, o patrimônio genético da nação, não pode ser tratado com esta desfaçatez.

Vamos fazer uma coisa juntos: acesse o site da CTNBio -
www.ctnbio.gov.br. Vamos pedir que eles avaliem o pedido de liberação do milho Liberty Link da Bayer só depois de estudos realizados no Brasil. E, amplamente, divulgados. Ou assine a carta do Greenpeace ao CNTBio.
A Inglaterra exigiu apenas isso. Foi o suficiente para que a empresa desistisse.

Não estamos na Inglaterra, mas bom-senso não tem pátria.