"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa







Não sou novela..... mas pode me acompanhar.

segunda-feira, julho 30, 2007

Só Catina!



Quando éramos pequenas, sempre fomos muito unidas e mantemos esta união até os dias de hoje, mesmo com a distância de muitos kilometros que nos separam.

Felizmente a distância não nos afastou, muito pelo contrário, estamos sempre e cada vez mais ligadas uma à outra.

Eu e minha irmã, Catina. Este apelido ficou desde sempre, eu teimei em continuar chamando ela assim, apesar dela detestar quando pequena. Muitos dos nossos amigos de hoje não a chamam pelo nome próprio, Cristina, e sim de Catina. Ela acabou se acostumando, não teve jeito.

Eu sou mais velha um ano e sete meses. Ela sempre brinca com este período exato que sempre respondo quando a pergunta é quanto tempo de diferença temos uma da outra. Quando íamos pra creche, algumas pessoas achavam que éramos gêmeas.

Brincávamos só nós duas, mesmo tendo mais irmãos mais velhos e mais novos. Mas tínhamos nosso mundo particular. Pra brincar, pra brigar aos tapas e puxões de cabelos e pra ter nossos segredos. Não permitíamos que ninguém entrasse nele, claro, isto até a adolescência, daí decidimos cada uma ter suas proprias amizades, sem perder a nossa.

Quando ela se mudou para Brasilia, foi como se um pedaço de mim também tivesse ido com ela. Aquela guria que sempre tava ali pra me ouvir, pra me dar o ombro e secar minhas lágrimas quando a tristeza ou algo acontecia comigo, pra dar risada de qualquer besteira, de partilhar os encontros de fim de semana na casa da mãe, estava indo embora. Um embora que não sabia de quanto tempo, mas sabia que fosse o tempo que fosse, seria muito doido de saudade.

Minha irmã, apesar de não ser a mais velha, sempre teve muita maturidade desde cedo. A vida obrigou, então era como se ela fosse o suporte de todos os irmãos e principalmente o meu. Minha melhor amiga, minha confidente.

Tive que aprender a lidar com isto, pois só de pensar na saudade e na distância, as lágrimas encharcam meus olhos e meu coração fica apertado como uma ervilha.

Mas ela sabia que precisava deste afastamento, precisava pra ela. Não seriam dias fáceis, pois ir pra uma cidade onde conhece no máximo meia dúzia de pessoas e longe da familia, não foi fácil, ainda mais com um filho pequeno e um casamento beirando o precipicio.

O casamento acabou, mas a amizade não. O que foi de grande ajuda para os três. A familia apesar de separada, ainda continua unida. E já se passam quase nove anos de telefonemas e e-mails cheios de saudades.

Nos vimos pessoalmente há três anos - uma eternidade!

Então, neste dia 20 de julho, dia do amigo, que significa tanto pra mim, ela defendeu sua monografia.
Tirou 10, merecidamente. Pelo esforço, pela luta, pelo estudo, pela batalha que ela vem conquistando a cada dia de sua vida.

Seus planos são um dia, talvez, retornar aqui pro Sul. Torço pra que ela venha. Torço pra que ela fique lá. Torço pra que ela seja feliz e conquiste seu espaço profissional onde seja melhor pra eles.

Hoje, depois de muitos dias sem postar e sem a inspiração que a TPM teima em derrubar, dedico este post pra minha querida irmã. Coloco aqui a foto dela com meu sobrinho que é filho do amor por todos nós.

Com muita saudade, amor e............ saudade. Muita.


Parabéns pelo teu esforço e pelas tuas conquistas.


Te amo!


5 comentários:

Graziana Fraga dos Santos disse...

olhos cheios de lágrimas.
lindo demais!

parabéns pra ela, deve ser uma pessoa super especial sendo irmã de quem é ;)

Anônimo disse...

q pena q eu eu só tive irmão depois dos 20 anos. e ele ainda mora longe...

Chawca disse...

Eu já passei por isso. Tenho quatro irmãos, um casal mais velho e um casal mais novo que eu...
Com meu irmão mais velho a diferença é de 2 anos, mas quando éramos pequenos todo mundo achava que eramos gemeos também...
Assim como com sua irmã, minha relaçao com ele sempre foi assim, mais proxima, já que perdemos nosso pai cedo e sem querer acabei o adotando como figura paterna...
Um belo dia ele resolve ser missionário da igreja que frequentava na época e durante dois anos ficou longe, só se comuinicando por carta e telefonemas em datas especiais...
Hoje ele está bem próximo, mas na época senti muito a sua falta,,,
Um beijo

Rosamaria disse...

Lindo, Lu!

Eu adoro a minha irmã e sei que ela tb me gosta, mas não temos essa afinidade.
É uma pena, eu gostaria de ter!

Bjs.

Telejornalismo Fabico disse...

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comovente.
o amor por pessoas-chave tornam a vida com mais sentido.
que bom que isso aconteceu com vocÊs.



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