"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa







Não sou novela..... mas pode me acompanhar.

segunda-feira, setembro 24, 2007

Hã? Sim, ainda sou Luisa, com S.

Então num belo dia, quando tu acordas, sem mais nem menos, sem se quer um prévio aviso aos navegantes, o que se chamava de winchester ontem, mudou de nome. Agora se chama HD.
Tudo bem, sei que isto faz algum tempo que mudou, mas é tudo tão rápido e tão freqüente que não damos mais importância, simplesmente nos adaptamos. Mas alguém aí sabe por quê? Quem dá as ordens pra que tudo um dia mude de nome?
É culpa de quem? do famoso “marquetingui”? É mais bonitinho dizer, HD que winchester?
É mais chique dizer luminária ao invés de abajur? Sim, hoje em dia tudo é luminária. Esqueçam os lustres, agora só são lembrados e ditos quando realmente brilham: “aquele móvel tá bem limpo, ficou um lustre”
Outrora ficavam a reluzir suas luzes lá no teto. Foram apagados. Substituídos pelas luminárias que com certeza, também terão um tempo hábil de uso, e que em breve será substituído por outro nome qualquer.
Temos que estar sempre nos reciclando, pensando em não “dar um fora” ao dizer: “Filha, liga o laptop”! E receber uma resposta assim: O que? Como assim? Mãnhê, isto se chama Notebook...... dããããã!!!
É, quem já não passou por isso? Lá em casa a gurizada dá risada de mim quando me refiro a certas coisas que em meu tempo de guria - não tão distante - tinham outro nome, e claro, eles nem sequer sabem do que estou falando.
Bons tempos aqueles em que a mãe te mandava no “armazém” e tu vestia uma calça de “brim coringa” pra comprar um “pão de quarto” ou um “pão de meio”. Agora, o pão virou “cacetinho”. Pois é né, o “cacetinho” pegou mesmo e nunca mais mudou de nome. Ta certo, mesmo o gaúcho sendo cabra macho sim senhor, se afeiçoou a este nome tão peculiar.
E a fila anda, ou melhor, muda. As pessoas mudam de nome, as praças, restaurantes, as doenças, enfim, tudo muda. Então, que tal mudar o nome do país? Até que não é má idéia. Poderia ser ao invés de Brasil, que veio do Pau Brasil, ser chamado só de Pau.
Feio? Até pode ser, mas que ia combinar com tanta coisa atual, isso ia.
Só te cuida pra não te perder na rua, pois quando tu voltar pra casa ela pode ter mudado de nome e tu não achar mais ela no lugar, que pode ter mudado também.
E viva a evolução da espécie humana!

7 comentários:

Graziana Fraga dos Santos disse...

seria mais facil mudar meu nome pra Graziela, já que todo mundo me chama assim...heheheheheheh

muito bom Luisa, adorei a idéia do texto :)

ninguém disse...

lu, amei este post. lembrei que lá em casa se chamava criado-mudo de bidê (kkkkk).
e vai la na patifa ver o auê que armei por causa do pintinho de crochê! tô passada de ciúme. quero um mimo - pode ser uma balança, do meu signo ou umas florinhas.
quero,quero e quero (batendo o pezinho)
bj

Cris Martins disse...

O que a gente mais ouve é: ali no antigo "sei-la-o-que" hehehe
é amiga gaúcha... muda mesmo... e quem fica parado é poste.
Sobre o pão eu sou do tempo do "pão branco" ou "pão d'agua" aquele cacetinho grandão estilho "família" lembra?
Bah se puxar pela memória começa a nostalgia.
Apareça no ANSIOSA E PREMATURA pra tomar um chimas.
Bjo

Maira C disse...

Luisa, muito bom. Li ontem mas não comentei! Sabe que gosto de ler em silêncio...ihihihi. Mas ontem de noite descobri que Birmânia não é mais Birmânia, é Minsmar ou coisa que o valha!! Humpf!DETESTO quando mudam os nomes dos lugares, Rua da Praia não é muito mais bonito??? E Rua do Arvoredo??? Prefiro BIRMÂNIA e pronto! bjs

Rosamaria disse...

Lu tu é demais! Adorei!
Meus filhos ficam tirando sarro dos nomes antigos, e tanto, que um deles fala sempre nos 'guidis' dele.

Maria Salomé disse...

Luisa querida

Amei mil assuntos, e são mil assuntos mesmo.
Querida obrigada por sua visita, volte mais vezes, vou ver seu outro blog,vou deixar um recado importante lá.
Beijos carinhosos
Salomé

Telejornalismo Fabico disse...

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eu pago mico - expressão morta que insisto em usar -, mas continuo a usar muitos desses termos antigos.

e tenho a vantagem de saber mais do que essa gurizada que acha que tudo foi inventado hoje.





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