"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo de travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa







Não sou novela..... mas pode me acompanhar.

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Emagrecer ou não emagrecer: eis a questão!


De repende, e de novo, dá aquela vontade de fazer um regimezinho!

Isso acontece geralmente quando tu experimenta aquela calça ma-ra-vi-lho-sa e....... ela nem passa do joelho.

Dá vontade de morrer. Aí vem as promessas. Eu vou emagrecer. Nem que seja "dois kilinhos". Só pra entrar na calça.

Estou me planejando pra começar na segunda. Claro, pois tem todo um fim de semana pela frente e já que tem que ser sacrifício que venha com a segunda-feira e não com a sexta.

Bom, vou ter que deixar de comprar algumas coisinhas básicas lá em casa. Tipo: chocolate branco, bis, coca-cola (ai,ai,ai,ai que dor!), etc, etc.

Mas estou determinada e tenho esperança de cumprir esta meta. Sim, porque agora depois que a gente passa dos "enta", nos questionamos se isso ou aquilo vale à pena e chegamos (eu) a conclusão de que agora é que temos que aproveitar.

Regime pra quê né? Já não tenho mais idade pra ser convidada a posar na Playboy, desisti de ser rainha de bateria de escola de samba (te mete!), o marido diz que esu estou óóóótima. Então.... tem o maldito do espelho que desmente tudo isso. Droga!

Bom, vou tentar. Com afinco. Espero conseguir. Eu conto aqui se eu conseguir entrar naquela calça que foi feita especialmente pra mim.

Dois quilos mais magra, mas que é pra mim isso é.


quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Naquela Mesa tá faltando ELA!



naquela mesa ele(a) sentava sempre e me dizia sempre o que é viver melhor

naquela mesa ele(a) contava histórias

que hoje na memória eu guardo e sei de cor

naquela mesa ele(a) juntava gente e contava contente o que fez de manhã

e nos seus olhos era tanto brilho

que mais que seu(sua) filho (amiga)

eu fiquei seu(sua) fã
eu não sabia que doía tanto

uma mesa num canto, uma casa e um jardim

se eu soubesse o quanto dói a vida essa dor tão doída,

não doía assim agora resta uma mesa na sala

e hoje ninguém mais fala do seu bandolim

naquela mesa ta faltando ele(a)

e a saudade dele(a) ta doendo em mim

naquela mesa ta faltando ele(a)



Hoje, dia 21 de fevereiro, minha querida amiga e colega Grazi não trabalha mais comigo. Junto com ela foram demitidas muitas pessoas. Corte de gastos. Sempre a mesma desculpa.

Tô super triste. Já chorei todas as lágrimas que podia chorar.

A Grazi, neste tempo de convivência, se tornou pra mim muito mais que colega. É uma das minhas melhores amigas. Uma amigona de verdade. Sempre disposta a judar todo mundo

Uma guria pra lá de profissional.

Iniciativa é o que não falta nela.

Agora (tô chorando!!) vou chegar de manhã e olhar aquela mesa vazia sem a presença daquela guria linda com aquele sorrisão na cara que iluminava toda sala.

Quando ela saiu, não me despedi, só dei um tchau.

Sim, é só um tchau mesmo que quero dar, pois a colega se foi, mas a amiga vai ficar pra sempre.

A saudade já está doendo, e muito.

Sei que ela em breve irá conseguir um emprego de novo pois o que não falta nela é capacitação.

Grazi querida, tu vai fazer muita falta aqui.

A letra da música é triste, mas quando passei pela tua mesa agora foi a única que lembrei.


Bjs querida!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Samba do cientista louco




RIO DE JANEIRO - Nelson Rodrigues contava que, toda madrugada, acordava com a úlcera em chamas e, de pijama e meias, ia à cozinha tomar um copo de leite para aplacá-la. Com o leite, a úlcera amansava e, dizia, só faltava ronronar como uma gata amestrada. Nelson morreu em 1980, de outras causas. Imagino seu choque, hoje, se soubesse que, segundo as últimas descobertas da ciência, leite é um veneno para quem tem úlcera.
E a manteiga? Depois de séculos sendo louvada, com justiça, como uma das maiores invenções do homem, levou os últimos 50 anos acusada de vilã para vários órgãos, inclusive o coração. Para a ciência, boa mesmo era a insípida, insossa e inodora margarina. Agora a mesma ciência, num lance de gênio, concluiu que a margarina é que é a vilã, por causa da mortal gordura trans.
E temos a saga e anti-saga do ovo. Certo dia, decretaram que ele era o pior inimigo do colesterol e do coração, e só faltaram proibir as galinhas de produzi-lo. Pois, há pouco, descobriram que, ao contrário, ele faz bem ao coração, porque ajuda a emagrecer, não influi no colesterol e até protege nossos olhos dos raios ultravioleta - o que é ótimo, porque nos permitirá ir à praia sem óculos escuros.
Sem falar no café. Por conter cafeína, ele também já freqüentou todas as listas negras. Criaram inclusive o café descafeinado. Pois os cientistas vêm de concluir que a cafeína é uma maravilha: estimula o sistema nervoso central, o coração, os vasos sangüíneos e os rins. Já o café descafeinado faz subir a pressão e aumenta o colesterol e o risco de doenças cardíacas.
Finalmente, esta semana, a ciência mandou dizer que, ao contrário do que ela própria afirma há anos, o açúcar é uma beleza e são os adoçantes que engordam! É o maravilhoso samba do cientista louco, em cuja letra certeza rima com dúvida.


Fonte: Folha de SP
Data: 18/02/2008


A Grazi me mandou por e-mail e resolvi publicar aqui no blog.

Pra ver: um dia, isto ou aquilo "pooode", já no dia seguinte, "não pooode".

Fala sério!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

Guria de fibra!



Minha sobrinha quando nasceu, era a segunda de uma prole de três.
Filha sanduíche. Se este estigma é verdadeiro ou não, acho que com ela foi fortemente comprovado.
O filho mais velho era o querido. Primeiro neto, primeiro sobrinho, primeiro tudo.
A filha mais nova era então o bebê que precisava mais de atenção. Naturalmente, ela ficou meio de escanteio.
Minha irmã mais nova e eu então resolvemos dar a atenção e proteção que achávamos que ela precisava. Não sei se foi o suficiente, porque as idades das tias super protetoras não nos davam aval pra tomar decisões ou gritar pra família que aquela bebezinha estava sendo deixada de lado.
Algumas tias-avós tomaram partido dela e também souberam fazer com que ela recebesse todo o carinho merecido.
Assim, veio ao mundo minha querida sobrinha/amiga/irmã: Patrícia
Hoje estou escrevendo este texto em sua homenagem porque a história da vida dela sempre foi de luta, desde seu nascimento.
Ela cresceu ali no meio dos irmãos, sempre preterida.
Minha irmã e eu sempre estávamos em volta. Duas crianças protegendo outra criança.
Filha de minha irmã mais velha, muito cedo foi imposto a ela que tivesse responsabilidade.
E ela teve.
Muito cedo também, começou a trabalhar. No mesmo lugar onde trabalhava, conheceu o homem que elegeria para sempre seu.
Namoraram por algum tempo até que o inevitável aconteceu: engravidou.
Quando isto aconteceu, ela já tinha lá seus vinte e poucos anos. Morava ainda com a mãe. Agora ela era dona de seu próprio nariz, conseqüentemente, um pouco mais respeitada.
Quando sua filha nasceu, teve apoio de toda família. Muitos odiaram o namorado, que na época não assumiu nem ela e nem o bebê.
Tiveram algum tempo de convívio juntos, mas não deu certo. Ambos eram imaturos para uma relação que levava de brinde uma criança.
Continuou morando com a mãe. Nunca parou de trabalhar. Muitas vezes foi o sustento da casa. Sempre foi muito organizada e responsável, tanto que conseguiu comprar um apartamento com um mísero salário que recebia. Vivia só pra isso, trabalho e família. Claro, de vez em quando ela se dava ao luxo de dar uns beijinhos e abraços na sua paixão.
Sempre foi uma pessoa recolhida em seus sentimentos. Quase não se abria com ninguém. Não falava de seu relacionamento com aquele homem que pra toda família não passava de um irresponsável e aproveitador.
Quando a filha dela tinha mais ou menos um ano de idade, começamos a nos aproximar muito mais.
Nossa amizade cresceu como nunca. Começou ali uma cumplicidade que acredito, nunca tive com ninguém. Aquela bebezinha que peguei no colo e que me fez chorar quando foi levada pra Pelotas, agora era minha melhor amiga.
Nossa amizade sempre foi muito sincera. Dissemos coisas uma pra outra sempre na hora certa e do jeito que só nós sabíamos dizer. Causamos muito ciúme entre a própria família, pois a cumplicidade era tanta que só de nos olharmos já sabíamos o que estávamos pensando.
Minha irmã um dia disse: “Ela parece mais tua filha do que minha. Como vocês são parecidas” (até o nosso signo é o mesmo: capricórnio).
Outros disseram: “Mas que tanto vocês conversam? De onde vocês tem tanto assunto?”
Isto porque quando nos encontramos sempre temos coisas a dizer. Muitas coisas. E ás vezes dizíamos coisas que eram bem típicas nossas, como um tapa na cara.
Um dia brigamos. A coisa foi feia. Ela tem uma TPM que avassala qualquer amizade.
Naquele dia tive a infelicidade de encontrar ela entupida de TPM e eu não soube compreender. Resultado: duas bicudas se pegaram no bate-boca. Eu ainda piorei a situação, porque depois do acontecido resolvi não deixar barato e escrevi coisas horríveis pra ela. Estava me sentindo muito mal, achava que ela não tinha um pingo de razão (e não tinha mesmo), mas faltou total compreensão da minha parte. Afinal pra que servem os amigos? Onde estava meu sentimento de amor, amizade e respeito por ela naquele momento? Parecia que tudo tinha ido por água a baixo. Quase morri chorando, com pena de mim mesma e me achando ofendidíssima. Passamos alguns dias sem procurar uma à outra e ainda as duas com muito rancor. Apesar de receosa, um dia resolvi ligar pra ela porque a saudade já estava fazendo um estrago dentro de mim. Mas o bom é que ela também estava se sentindo assim e aí foi fácil. No mesmo momento desliguei o telefone, desci correndo as escadas (morávamos no mesmo condomínio) e fizemos as pazes em meio aos prantos, beijos, abraços e pedidos de desculpas.
Nunca mais quero brigar com ela. Nossa amizade continua firme e forte.
De dois anos pra cá, acabamos nos distanciando um pouco, porque ela começou a namorar e não teve mais tempo pra mim (@#$%$#@!!!!cheia de ciúmes!).
Bom... durante todos estes anos, ela continuou fiel aquele amor da adolescência na esperança de que um dia eles fossem viver juntos, porque sempre continuaram se vendo. Ela amando aquele homem como nunca e que só a fazia sofrer e ele à maneira dele, dando a ela o que ela queria: ele.
Ele a fez sofrer por ter casado com outra, ter tido uma filha e ao mesmo tempo nunca ter deixado de procurá-la (cretino!!!!!).
Mas ela soube esperar. Hoje, a filha dela está com 13 anos e ela está casada.
Com quem? Adivinha?
Óbvio que com o pai da filha dela, que se separou há algum tempo e fez um irrecusável pedido de casamento a ela.
Hoje em dia com certeza ele lamenta não ter dado a atenção e amor praquela menina linda (mimosa da dinda!!!!). Lamenta não a ter visto crescer, dar os primeiros passos, falar as primeiras palavras.
Mas eu acredito que tudo na vida tem sua hora e seu lugar, pois a filha que ele num primeiro momento rejeitou, tem uma cumplicidade e amizade com ele como se sempre vivessem juntos. Muito mais até do que com a outra filha que sempre esteve o tempo todo ao lado dele.
Apesar da saudade que sinto dela, das nossas conversas, dos nossos segredos, choros e das muitas gargalhadas que demos juntas, vejo estes três assim juntos e me sinto muito feliz. Hoje eles moram num apartamento que acabaram de comprar e mobiliar e descansam suas merecidas férias em Florianópolis.

Esta história não está contada nem a metade, mas simplifica aqui o quanto a minha querida sobrinha Patrícia batalhou a vida toda, sempre trabalhando, cuidando da filha, ao lado da mãe, vivendo seu amor às escondidas e esperando pelo tão sonhado dia em que eles três fossem felizes para sempre.
E este dia chegou pra eles. Hoje eles são assim: Felizes.

Pat te amo!