segunda-feira, dezembro 28, 2009
Pede aí vai!!!
Tá...... pode passear, sentar, curtir, tirar uma foto. Só não esquece do fazer o pedido.
Vai lá! Pediu?
Amém!
terça-feira, dezembro 22, 2009
ANO NOVO!
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”
(Fernando Pessoa)
FELIZ NATAL E FELIZ 2010!
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Super dica de dieta
Dieta fácil...é só seguir direitinho, que dá super certo...
É só cortar:
o açúcar
o chocolate
as frituras
as massas
os molhos
as bebidas alcoólicas
os pães
as sobremesas
os biscoitos e .......... OS PULSOS
a Greice me enviou por e-mail e fui obrigada e publicar aqui esta super dica de dieta. Senão adintar, dê risada. Com certeza vai queimar umas 5 calorias....hehehehe
quarta-feira, novembro 04, 2009
quinta-feira, outubro 29, 2009
O grande segredo de todas as mulheres com relação aos banheiros é que
quando pequenas, quem as levava ao banheiro era sua mãe. Ela ensinava a
limpar o assento com papel higiênico e cuidadosamente colocava tiras de
papel no perímetro do vaso e instruía:
"Nunca, nunca sente em um banheiro público"
E, em seguida, mostrava "_a posição_", que consiste em se equilibrar
sobre o vaso numa posição de sentar sem que, no entanto, o corpo não
entre em contato com o vaso.
"A Posição" é uma das primeiras lições de vida de uma menina, super
importante e necessária, e irá nos acompanhar por toda a vida. No
entanto, ainda hoje, em nossa vida adulta, "a posição" é dolorosamente
difícil de manter quando a bexiga está estourando.
Quando você TEM que ir ao banheiro público, você encontra uma fila de
mulheres, que faz você pensar que o Bradd Pitt deve estar lá dentro.
Você se resigna e espera, sorrindo para as outras mulheres que também
estão com braços e pernas cruzados na posição oficial de "estou me urinando".
Finalmente chega a sua vez, isso, se não entrar a típica mamãe com a
menina que não pode mais se segurar.
Você então verifica cada cubículo por baixo da porta para ver se há
pernas.
Todos estão ocupados.
Finalmente, um se abre e você se lança em sua direção quase puxando a
pessoa que está saindo.
Você entra e percebe que o trinco não funciona (nunca funciona); não
importa... você pendura a bolsa no gancho que há na porta e se não há
gancho (quase nunca há gancho), você inspeciona a área.. o chão está
cheio de líquidos não identificados e você não se atreve a deixar a
bolsa ali, então você a pendura no pescoço enquanto observa como ela
balança sob o teu corpo, sem contar que você é quase decapitada pela
alça porque a bolsa está cheia de bugigangas que você foi enfiando lá
dentro, a maioria das quais você não usa, mas que você guarda porque
nunca se sabe...
Mas, voltando à porta...
Como não tinha trinco, a única opção é segurá-la com uma mão, enquanto,
com a outra, abaixa a calcinha com um puxão e se coloca "na posição".
Alívio...... AAhhhhhh.....finalmente...
Aí é quando os teus músculos começam a tremer ...
Porque você está suspensa no ar, com as pernas flexionadas e a calcinha
cortando a circulação das pernas, o braço fazendo força contra a porta e
uma bolsa de 5 kg pendurada no pescoço.
Você adoraria sentar, mas não teve tempo de limpar o assento nem de
cobrir o vaso com papel higiênico. No fundo, você acredita que nada vai
acontecer, mas a voz de tua mãe ecoa na tua cabeça "jamais sente em um
banheiro público!!!" e, assim, você mantém "a posição" com o tremor nas
pernas...
E, por um erro de cálculo na distância, um jato finíssimo salpica na tua
própria bunda e molha até tuas meias!! Por sorte, não molha os sapatos.
Adotar "a posição" requer grande concentração. Para tirar essa desgraça
da cabeça, você procura o rolo de papel higiênico, maaassss, puuuuta que
o pariuuuu...! O rolo está vazio...! (sempre)
Então você pede aos céus para que, nos 5kg de bugigangas que você
carrega na bolsa, haja pelo menos um miserável lenço de papel. Mas, para
procurar na bolsa, você tem que soltar a porta. Você pensa por um
momento, mas não há opção...
E, assim que você solta a porta, alguém a empurra e você tem que
freiá-la com um movimento rápido e brusco enquanto grita OCUPAAADOOOO!!!
Aí, você considera que todas as mulheres esperando lá fora ouviram o
recado e você pode soltar a porta sem medo, pois ninguém tentará abrí-la
novamente (nisso, as mulheres se respeitam muito) e você pode
procurar teu lenço sem angústia. Você gostaria de usar todos, mas quão
valiosos são em casos similares e você guarda um, por via
das dúvidas. Você então começa a contar os segundos que faltam para você
sair dali, suando porque você está vestindo o casaco já que não há
gancho na porta ou cabide para pendurá-lo. É incrível o calor que faz
nestes lugares tão pequenos e nessa posição de força que parece que as
coxas e panturrilhas vão explodir. Sem falar da porrada que você levou
da porta, a dor na nuca pela alça da bolsa, o suor que corre da testa,
as pernas salpicadas...
A lembrança de tua mãe, que estaria morrendo de vergonha se te visse
assim, porque sua bunda nunca tocou o vaso de um banheiro público,
porque, francamente, "você não sabe que doenças você pode pegar ali"
... você está exausta. Ao ficar de pé você não sente mais as
pernas. Você acomoda a roupa rapidíssimo e tira a alça da bolsa por cima
da cabeça!...
Você, então, vai à pia lavar as mãos. Está tudo cheio de água, então
você não pode soltar a bolsa nem por um segundo. Você a pendura em um
ombro, e não sabendo como funciona a torneira automática, você a toca
até que consegue fazer sair um filete de água fresca e estende a mão em
busca de sabão. Você se lava na posição de corcunda de notre dame para
não deixar a bolsa escorregar para baixo do filete de água... O secador,
você nem usa. É um traste inútil, então você seca as mãos na roupa
porque nem pensar usar o último lenço de papel que sobrou na bolsa para
isso.
Você então sai. Sorte se um pedaço de papel higiênico não tiver grudado
no sapato e você sair arrastando-o, ou pior, a saia levantada, presa na
meia-calça, que você teve que levantar à velocidade da luz, e te deixou
com a bunda à mostra!
Nesse momento, você vê o teu carinha que entrou e saiu do banheiro
masculino e ainda teve tempo de sobra para ler um livro enquanto
esperava por você.
"Por que você demorou tanto?"
pergunta o idiota.
Você se limita a responder
"A fila estava enorme"
E esta é a razão porque nós mulheres vamos ao banheiro em grupo. Por
solidariedade, já que uma segura a tua bolsa e o casaco, a outra segura
a porta e assim fica muito mais simples e rápido já que você só tem que
se concentrar em manter "_a posição_" e a dignidade.
Obrigada a todas as amigas que já me acompanharam ao banheiro e vcs
homens entendam nossa demora!
Recebi este texto por e-mail, sem autora, mas é a pura verdade. E que mulher já não passou por isso? Atire a primeira pedra aquela que não teve ao menos um terço desta "viagem" que é ir a um banheiro público.
domingo, julho 19, 2009
sexta-feira, junho 12, 2009
Nathália!!! 1 aninho de vida
Há exatamente 1 ano nascia Nathalia.
Como muitos sabem, eu sempre fui contra que meu filho mais velho fosse pai agora, pois ele depende muitas coisas na vida pra ficar bem.Ficar bem de saúde. Mas a vida nem sempre é como a gente quer ou planeja, então, ele por conta própria e risco (é óbvio) resolveu ser pai.
Quando ele me comunicou, confesso que fiquei bem furiosa. Mas acho que estava mais furiosa com o fato de que eu seria avó.
Isto pra mim ainda não está bem resolvido, mas só um profissional pra me curar...hehehe.
Bem, mas hoje estou aqui pra falar desta coisinha linda e maravilhosa que está em nossas vidas há um ano.
Quando ela nasceu, depois de sair do hospital veio direto pra minha casa pois não tinha como deixá-los sozinhos sem experiência alguma pra cuidar de um bebê. E desde então, daqui não saiu mais. Saiu claro pra ir pra casa dela, mas dos sete dias da semana, no mínimo quatro ela passa aqui por casa. Foi aqui que ela começou a falar, a engatinhar e agora, a caminhar. Já diz as primeiras palavrinhas e é nosso mais maravilhoso raio de sol.
Com certeza me rendi à ela. Me rendi a todo este amor e ternura que uma criança tem pra nos oferecer e dar assim de graça, sem cobrar nada.
Nathalia, amor da vó, muitas felicidades pelo dia de hoje e que Deus te ilumine e proteja pra toda tua vida.
Nós te amamos muito.
terça-feira, junho 09, 2009
Tempo de familia
Rafa e Gabriel
Camile e Gabriel
Cuca
Bolo de milho
Camile, o bolo e eu com minha cara de besta
Então, depois de alguns anos me vejo novamente desempregada. Acho até que eu queria isto pois estava muito cansada, muitas coisas pra fazer no trabalho e em casa também, apesar de gostar muito do que fazia. Mas emfim, é a vida. Tô me dando o prazer de ser no momento: dona de casa e mãe em tempo integral. Claro que a Camile adora chegar em casa e ter comida quentinha e servida no prato, pronta pra comer. Tenho me dividido entre a casa, cuidar um pouquinho da Nathalia, minha neta e também andei dando um suporte pra minha sobrinha que depois de 15 (quinze!!!) anos, resolveu ser mãe novamente. A história dela já contei aqui e que está dando super certo, o Gabriel que o diga pois veio cheio de vida, saúde e é um bebe super fofo. Agora ele e a mana (minha linda afilhada Rafaele) já estão se entendendo melhor pois não é fácil ser durante 15 anos o bebê da mamãe. Mas ela é uma guria linda, meiga e adorável, portanto, não será difícil dar um cantinho pro mano Gabriel. Ele até fez o favor de esperar exatamente quinze anos e três dias pra nascer (ela fez 15 anos em 30 de abril, a festa foi dia 01 e ele nasceu dia 03 de maio) claro, pra não atrapalhar a festa da mana, que estava linda de morrer.
Bem mas como tinha dito no inicio, neste tempo "dona de casa" ando me arriscando em visitar a cozinha mais frequentemente e me arriscando com receitas que antes eu achava bem melhor comprar pronto.
Fiz bolo de milho (ai que difícil), massa canutilho com molho branco (me inspirei numa receita da Ana) e me arrisquei em fazer uma receita de cuca que vi no programa da Angélica (cuca da Juliana Paes).
As fotos dão uma visão (da minha cara de besta) do que andei fazendo. Não é muito, mas já é um começo. O que posso dizer é que ficou tudo muuuuito bom. Dá pra acreditar? Nem eu acredito...hehehe.
Bjs!
quarta-feira, junho 03, 2009
O SUPÉRFLUO E O NECESSÁRIO
UNS QUERIAM UM EMPREGO MELHOR; OUTROS, APENAS UM EMPREGO.
UNS QUERIAM REFEIÇOES MAIS FARTAS; OUTROS, SO UMA REFEIÇAO.
UNS QUERIAM UMA VIDA MAIS AMENA: OUTROS, APENAS VIVER.
UNS QUERIAM PAIS MAIS ESCLARECIDOS; OUTROS, APENAS TER PAIS.
UNS QUERIAM TER OLHOS CLAROS; OUTROS, PODER ENXERGAR.
UNS QUERIAM TER VOZ BONITA; OUTROS, PODER FALAR.
UNS QUERIAM SILENCIO; OUTROS, PODER OUVIR.
UNS QUERIAM SAPATOS NOVOS; OUTROS, TER PES.
UNS QUERIAM UM CARRO; OUTROS, SOMENTE ANDAR.
UNS QUEREM O SUPÉRFLUO; OUTROS APENAS O NECESSÁRIO.
CHICO XAVIER
segunda-feira, maio 11, 2009
HINO AO OTIMISMO
Que eu tenha todo o entendimento para praticar o amor.
Que eu seja doce mesmo quando tudo conspire para me despertar o ódio.
Que eu seja sereno e veja sempre o melhor desse mundo.
Que eu seja paciente ao ritmo do universo e compreensivo aos seus caprichos.
Que eu saiba quem sou e nunca me afaste da minha missão.
Que eu esteja em paz para não negar o meu sorriso.
Que eu tenha o entusiasmo apaixonado dos raros.
Que meus atos me tornem especial e único.
Que meu ofício me torne necessário.
Que minha alegria seja iluminada.
Que meus sonhos encontrem sempre seguidores.
Que meu corpo seja um santuário para a vida que me habita.
Que eu tenha disposição e profundidade para o amor.
Que a preguiça não me corrompa.
Que a minha transparência seja entendida sem rancor, raiva, inveja oudesconfiança.
Que as dores que me causam sejam justificadas com a luz que me proporcionam.
Que Deus me ilumine e que minha vida, a cada dia, valha a pena.
Alexandre Dahmer
PEQUENOS APONTAMENTOS SOBRE NOSSAS GRANDES DÚVIDAS NO AMOR
Que eu seja doce mesmo quando tudo conspire para me despertar o ódio.
Que eu seja sereno e veja sempre o melhor desse mundo.
Que eu seja paciente ao ritmo do universo e compreensivo aos seus caprichos.
Que eu saiba quem sou e nunca me afaste da minha missão.
Que eu esteja em paz para não negar o meu sorriso.
Que eu tenha o entusiasmo apaixonado dos raros.
Que meus atos me tornem especial e único.
Que meu ofício me torne necessário.
Que minha alegria seja iluminada.
Que meus sonhos encontrem sempre seguidores.
Que meu corpo seja um santuário para a vida que me habita.
Que eu tenha disposição e profundidade para o amor.
Que a preguiça não me corrompa.
Que a minha transparência seja entendida sem rancor, raiva, inveja oudesconfiança.
Que as dores que me causam sejam justificadas com a luz que me proporcionam.
Que Deus me ilumine e que minha vida, a cada dia, valha a pena.
Alexandre Dahmer
PEQUENOS APONTAMENTOS SOBRE NOSSAS GRANDES DÚVIDAS NO AMOR
sexta-feira, maio 08, 2009
I will survive!
Sobrevivo....
sem funcionar os dois computadores que tenho em casa,
sem emprego,
decepcionada com algumas pessoas,
com a falta de chuva e consequente falta dágua,
com a gripe (que não é a suina),
com a falta de vacinas nos postos,
sem meu filho falar comigo (isto é brabo de sobreviver, mas fazer oq né?)
longe de meus amigos,
mas eu sobrevivo. Com certeza.
Eu volto, ha se volto!
sem funcionar os dois computadores que tenho em casa,
sem emprego,
decepcionada com algumas pessoas,
com a falta de chuva e consequente falta dágua,
com a gripe (que não é a suina),
com a falta de vacinas nos postos,
sem meu filho falar comigo (isto é brabo de sobreviver, mas fazer oq né?)
longe de meus amigos,
mas eu sobrevivo. Com certeza.
Eu volto, ha se volto!
segunda-feira, março 16, 2009
Amizade
"Seja cortês com todos, mas íntimo de poucos, e deixe estes poucos serem bem testados antes que você dê a eles a sua confiança. A verdadeira amizade é uma planta de crescimento lento, e deve experiementar e resistir os choques da adversidade antes de ser receber o nome de amizade."
GEORGE WASHINGTON
Eu que o diga.... ando numa maré de decepções.
Mas isto serve pra mim também!
GEORGE WASHINGTON
Eu que o diga.... ando numa maré de decepções.
Mas isto serve pra mim também!
quinta-feira, março 12, 2009
MARX E OS LAGOS
Está provado que o bater de asas de uma borboleta na China pode afetar o clima em Palomas. É uma das tantas teorias comprovadas pela globalização. Até um dos meus ditados favoritos – os ventos do Norte não movem moinhos do Sul – caiu por terra com a descoberta dessa concepção holística do universo. Tudo se interliga. É por isso que posso afirmar sem medo de errar: a passagem do Guaiba da condição de rio a lago, mais do que significar um rebaixamento para a segunda divisão dos leitos de água, comprova uma das ideias mais rasteiras de Karl Marx ou, ao menos, de como Marx tem sido interpretado por analistas rasteiros como Lênin, Jarbas Passarinho e eu. O engenheiro Henrique Wittler montou um slideshow, difundido na Internet, que mostra como o Guaiba passou de rio a lago. A lei 4.771, de 1965, estabeleceu a necessidade de áreas de preservação permanente destinadas a conservar ‘os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico da flora e da fauna, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas’. A faixa de preservação à beira do rio Guaiba foi fixada em, no mínimo, 500 metros. Muita gente não gostou. Alguns, embora nunca tenham sido explícitos em manifestações públicas, entendem que certas populações humanas, especialmente as mais abastadas, teriam o seu bem-estar assegurado se pudessem morar em confortáveis apartamentos ou mansões junto ao Guaiba. Pode-se construir em áreas de preservação permanente, mas isso demanda autorização especial e imóveis voltados para determinadas finalidades de interesse público. Uma chateação. Não se podendo alterar a lei federal, descobriu-se uma terceira margem: seria o Guaíba de fato um rio? Criou-se uma comissão para refletir sobre essa questão quase metafísica. Com base no laudo dos notáveis dessa comissão, o governador Amaral de Souza, que não deixou saudades, decretou oficialmente, em 1982, que o Guaiba não era um rio, mas um lago. Amaralzinho foi o último representante dos militares a dirigir o Rio Grande do Sul sem o aborrecimento de conseguir votos dos cidadãos. Os interventores eram tão poderosos que podiam até transformar rios em lagos. A Lei Orgânica de Porto Alegre, de 17 de maio de 1990, continua chamando o Guaiba de rio. Os vereadores da época queriam seguir a lei de 1965 e manter os 500 metros de área de preservação permanente fixados para as margens dos rios. O governo do Estado encontrou um jeito de escapar à polêmica: só se refere ao Guaiba. Jamais ao rio ou lago Guaiba. A Prefeitura de Porto Alegre atualmente refere-se ao lago Guaiba. A Câmara de Vereadores, na Lei Orgânica, alterada em 2007, continua a referir-se ao rio Guaiba. Curiosamente, quando a Câmara de Vereadores trata do Pontal do Estaleiro, o rio vira lago. Qual a diferença essencial entre lago e rio? Um rio deve ter uma faixa de preservação permanente de 500 metros. Um lago, bem mais modesto, não requer mais de 50 metros. Não há dúvida, o bater de asas de uma borboleta na China pode afetar o clima em Palomas. Ainda mais que ministério público, tribunais, clubes de futebol e governo estão instalados nos 500 metros a serem preservados. Marx tinha razão: por trás do bater de asas de uma borboleta há sempre uma causa econômica. Lago é uma porção de água cercada de interesses econômicos e políticos por todos os lados.
Texto do jornalista e escritor Juremir Machado da Silva,publicado no jornal Correio do Povo em 02/3/09
quarta-feira, março 04, 2009
Feito pra mim
"POEMA DE UMA VIDA"
Para Luisa, entre pétalas e pedras, em seu caminhar.
Difícil, não a arte de amar,
É, dar-se, por inteira, amiga.
Se, os pés, no mar, tocados,Rentes,À beira, de sal e areia,
De espumas e poemas,Não se encharcam,
Nada é certeiro e nem mesmo exato,
E pouco vale a pena o ardor
De ir-se e caminhar, em frente.
Qualquer luz plasmada
É arte oculta nas esferas,É feixe de promessas,
Talvez, desassossego de espantos,
Lutas e martírios, tantos, Tantas esperas...
Quem sabe, nos desencontros, - Suposto véu, oblíquo, do encoberto -,
Um céu, inculto, resida no deserto,
E do incontido suspirar, exangue,
Deste convívio imenso,
Qual surpresa, de rompante,
Prenúncio do minério bruto,Silencioso dom, sereno e branco,
Um lenço, noutro aceno, surge,
Em pétalas de vida por um ramo
De palmas e orquídeas e crisântemos,
No amor o tinto sangue se transforme, ainda.
S. Muylaert (Lago Sul, fevereiro de 2009).
Sérgio é meu cunhado.
Não nos conhecemos pessoalmente, mas com certeza não é a distância que faz com que não tenhamos uma noção de algumas pessoas que conhecemos somente "virtualmente".
Acho que foi isto que ele leu "em mim".
Fico inteiramente lisonjeada e sinceramente não sei se sou merecedora de tão lindo poema.
Sérgio, obrigada. É lindo!
Para Luisa, entre pétalas e pedras, em seu caminhar.
Difícil, não a arte de amar,
É, dar-se, por inteira, amiga.
Se, os pés, no mar, tocados,Rentes,À beira, de sal e areia,
De espumas e poemas,Não se encharcam,
Nada é certeiro e nem mesmo exato,
E pouco vale a pena o ardor
De ir-se e caminhar, em frente.
Qualquer luz plasmada
É arte oculta nas esferas,É feixe de promessas,
Talvez, desassossego de espantos,
Lutas e martírios, tantos, Tantas esperas...
Quem sabe, nos desencontros, - Suposto véu, oblíquo, do encoberto -,
Um céu, inculto, resida no deserto,
E do incontido suspirar, exangue,
Deste convívio imenso,
Qual surpresa, de rompante,
Prenúncio do minério bruto,Silencioso dom, sereno e branco,
Um lenço, noutro aceno, surge,
Em pétalas de vida por um ramo
De palmas e orquídeas e crisântemos,
No amor o tinto sangue se transforme, ainda.
S. Muylaert (Lago Sul, fevereiro de 2009).
Sérgio é meu cunhado.
Não nos conhecemos pessoalmente, mas com certeza não é a distância que faz com que não tenhamos uma noção de algumas pessoas que conhecemos somente "virtualmente".
Acho que foi isto que ele leu "em mim".
Fico inteiramente lisonjeada e sinceramente não sei se sou merecedora de tão lindo poema.
Sérgio, obrigada. É lindo!
terça-feira, fevereiro 10, 2009
A difícil arte de amar
Nada como ver um filmezinho na TV ("A difícil Arte de Amar" - diga-se de passagem, um ótimo filme!), num domingo à tarde, pra gente dar umas boas risadas e ver que a maioria dos relacionamentos são muito parecidos.
Casamentos, relacionamentos, junção, amizade (colorida ou não), enfim, parcerias que quando resolvem dividir o mesmo teto vêem o quanto é "Difícil a arte de amar".
O filme gira em torno da relação do casal, ele mulherengo e ela mãe/mulher apaixonada.
O filme é divinamente bom, com uma trilha sonora ótima. Adoro "Coming Around Again" da Carly Simon.
Mas o que me faz escrever este texto hoje é a coincidência de certos acontecimentos na vida de um casal, em especial, o desaparecimento do outro par de meia.
Sim, é isto mesmo!
Que homem já não brigou, esbravejou porque ao procurar suas meias na gaveta, encontra várias delas, mas todas sem o seu devido par? Justo "aquela" que ele mais gosta.
Lá em casa isto é muito comum. Mas e daí? A questão é: Onde foram parar aqueles pares? Foram abduzidos, entraram pelo ralo ou simplesmente saltaram para a lixeira procurando um pé novo?
Se nem Jack Nicholson e Meryl Streep tem uma resposta pra isso, eu é que não vou esquentar a minha linda cabecinha com este detalhe tão peculiar das relações matrimoniais e muitissimo comum lá em casa.
Sabe aquele olhar de canto de olho? Foi assim que meu amado marido me olhou quando estávamos vendo o filme na cena das meias. Eu claro, cai na gargalhada. Mas acho que nem assim ele se conformará com o desaparecimento dos tão misteriosos pares de meias.
Mas enfim, chego a conclusão de que esta é uma forma despretenciosa (???) de nos vingarmos daquela famosa tampa de vaso que está sempre levantada esperando que nós mulheres, a abaixemos.
E o papel higiênico? Há, isto com certeza é uma tradição milenar - deles é claro.
Isto merecia até uma tese de doutorado: Porque os homens NUNCA colocam o papel higiênico no lugar?
Bom, vamos parar por aí, senão a lista será infinita.
Que tal lançar as comunidades:
"O outro pé de meia: onde andará?"
" Papel higiênico: ele nasce sozinho no lugar?"
É. Amar é uma arte.
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Eita Vida!
"Deixa, deixa eu dizer o que penso desta vida, preciso demais desabafar"
É, acho que pode ser um começo de um texto.
Ando meio - pra não dizer completamente - pensativa e cabisbaixa, nestes últimos dias.
Fatos importantes estão acontecendo em minha vida nos últimos meses. Estão vindo assim de sopetão, sem aviso prévio.
Primeiro veio a noticia de que eu ia ser avó.
Demorei, mas aceitei. A demora não era no fato de que eu teria que aceitar a vinda do bebê e sim a condição de AVÓ.
Tudo bem: aceito. Aliás, tinha outra alternativa? Claro que não.
O que mais me deixava preocupada nesta história toda é de que o pai da cria, meu filho mais velho, tem uma doença crônica, chamada Anemia Falciforme (joga no Google) e que até que a medicina ache uma cura para esta doença, ele dependerá de muitos remédios para ter uma vida "quase normal".
Isto inclui muitas idas e vindas ao hospital e o pior de tudo isto é que são idas e vindas dolorosas. São chamadas de crises álgicas.
São dores terríveis, que a cada crise, se localiza em uma parte diferente do corpo.
Geralmente quando elas vem, é noite, madrugada. E lá vamos nós (eu e ele) correndo pro hospital.
Liga pra médico, chama médico, pede leito, soro na veia, medicação forte (codeína, morfina e todas as "inas" pra dor), grito de dor, emergência lotada, aperto de mão.
Choro.
Acho que estou ficando velha, pois antigamente eu quase não chorava no hospital, aguentava no osso do peito e deixava pra chorar no chuveiro.
Agora já não tô mais conseguindo segurar. Tenho que fugir pra um canto e me debulhar em lágrimas.
Vejo um futuro previsível (??) pra nós.
Sempre fui muito otimista. Desde pequeno ele sempre teve atendimento, sempre o melhor atendimento. Sempre confiei na medicina e apesar dele ter feito muitas transfusões, em uma época que se pegava até gripe na transfusão, ele nunca teve nada.
Graças a Deus.
"Andá com fé eu vou, que fé não custuma faiá. Certo ou errado a fé vai onde quer que eu vá".
Mas de repente, Deus resolve te testar:
Vamu vê guria, até onde vai tua fé. E te dá mais um testezinho de resistência. Resistência de fé e pro teu filho resistência de saúde.
Agora, além da Anemia Falciforme, foi detectado Hipertensão Arterial Pulmonar (joga no Google). Consequência da própria anemia. Sim, é grave.
Ele andava se queixando de tonturas. Não conseguia correr nem pra pegar o ônibus.
E nós achando que era alguma "coisinha" insignificante. Ledo engano!
Como diz minha amiga Grazi (que saudade!):
- Me caiu os butiá dos bolso!
- E agora José? (esta expressão é da Grazi também)
É......mais uma pedrinha pra gente chutar.
Tá. Daí ontem fiquei em casa com uma crise de enxaqueca. Tudo-junto-reuinido. Enxaqueca, TPM e sentimento de perda.
Uma vez li em algum lugar que a atriz Lucélia Santos gostava de lavar roupas quando estava deprimida, pra soltar os bichos.
Eu sou meio parecida com ela.
Quando tô assim, tenho que fazer alguma coisa pra mexer. Além de chorar é claro.
Então fui eu lá pra cozinha fazer uma faxininha. E não é que funciona mesmo? A gente pode ao mesmo tempo lavar as paredes, escutar rádio com aquelas músicas de drama e claro, morrer chorando. Mas tu tem que estar sozinha em casa. Isto é regra. Senão não dá. Porque ter que dar explicação porque tu chora enquanto limpa as paredes não dá certo.
Aí tu aproveita que tem um bloguesinho e no outro dia, quando tu tá mais aliviada, tu vai lá e escreve tudo.
Pode ser que ninguém leia, pode ser também que alguém leia e não dê palpite ou pode ser que algum amigo dê um pitaco. Vai saber.
Gente, não quero ninguém aí com sentimento de pena, pois eu, apesar de estar meio "down", não me dou a estas frescuras.
Acho que tudo na vida tem sua hora e seu lugar.
Se tiver que ser vai ser.
Se não tiver que ser, não vai ser. Super filosófico.
Agora até já consigo dizer pra Nathália: "Amada, vem com a vó". Dá um nó no estômago, mas é um começo!
Afinal, o futuro a gente vê numa bola de cristal? Claro que não.
Eles não são lindos?
Amo vocês, meus amores!
É, acho que pode ser um começo de um texto.
Ando meio - pra não dizer completamente - pensativa e cabisbaixa, nestes últimos dias.
Fatos importantes estão acontecendo em minha vida nos últimos meses. Estão vindo assim de sopetão, sem aviso prévio.
Primeiro veio a noticia de que eu ia ser avó.
Demorei, mas aceitei. A demora não era no fato de que eu teria que aceitar a vinda do bebê e sim a condição de AVÓ.
Tudo bem: aceito. Aliás, tinha outra alternativa? Claro que não.
O que mais me deixava preocupada nesta história toda é de que o pai da cria, meu filho mais velho, tem uma doença crônica, chamada Anemia Falciforme (joga no Google) e que até que a medicina ache uma cura para esta doença, ele dependerá de muitos remédios para ter uma vida "quase normal".
Isto inclui muitas idas e vindas ao hospital e o pior de tudo isto é que são idas e vindas dolorosas. São chamadas de crises álgicas.
São dores terríveis, que a cada crise, se localiza em uma parte diferente do corpo.
Geralmente quando elas vem, é noite, madrugada. E lá vamos nós (eu e ele) correndo pro hospital.
Liga pra médico, chama médico, pede leito, soro na veia, medicação forte (codeína, morfina e todas as "inas" pra dor), grito de dor, emergência lotada, aperto de mão.
Choro.
Acho que estou ficando velha, pois antigamente eu quase não chorava no hospital, aguentava no osso do peito e deixava pra chorar no chuveiro.
Agora já não tô mais conseguindo segurar. Tenho que fugir pra um canto e me debulhar em lágrimas.
Vejo um futuro previsível (??) pra nós.
Sempre fui muito otimista. Desde pequeno ele sempre teve atendimento, sempre o melhor atendimento. Sempre confiei na medicina e apesar dele ter feito muitas transfusões, em uma época que se pegava até gripe na transfusão, ele nunca teve nada.
Graças a Deus.
"Andá com fé eu vou, que fé não custuma faiá. Certo ou errado a fé vai onde quer que eu vá".
Mas de repente, Deus resolve te testar:
Vamu vê guria, até onde vai tua fé. E te dá mais um testezinho de resistência. Resistência de fé e pro teu filho resistência de saúde.
Agora, além da Anemia Falciforme, foi detectado Hipertensão Arterial Pulmonar (joga no Google). Consequência da própria anemia. Sim, é grave.
Ele andava se queixando de tonturas. Não conseguia correr nem pra pegar o ônibus.
E nós achando que era alguma "coisinha" insignificante. Ledo engano!
Como diz minha amiga Grazi (que saudade!):
- Me caiu os butiá dos bolso!
- E agora José? (esta expressão é da Grazi também)
É......mais uma pedrinha pra gente chutar.
Tá. Daí ontem fiquei em casa com uma crise de enxaqueca. Tudo-junto-reuinido. Enxaqueca, TPM e sentimento de perda.
Uma vez li em algum lugar que a atriz Lucélia Santos gostava de lavar roupas quando estava deprimida, pra soltar os bichos.
Eu sou meio parecida com ela.
Quando tô assim, tenho que fazer alguma coisa pra mexer. Além de chorar é claro.
Então fui eu lá pra cozinha fazer uma faxininha. E não é que funciona mesmo? A gente pode ao mesmo tempo lavar as paredes, escutar rádio com aquelas músicas de drama e claro, morrer chorando. Mas tu tem que estar sozinha em casa. Isto é regra. Senão não dá. Porque ter que dar explicação porque tu chora enquanto limpa as paredes não dá certo.
Aí tu aproveita que tem um bloguesinho e no outro dia, quando tu tá mais aliviada, tu vai lá e escreve tudo.
Pode ser que ninguém leia, pode ser também que alguém leia e não dê palpite ou pode ser que algum amigo dê um pitaco. Vai saber.
Gente, não quero ninguém aí com sentimento de pena, pois eu, apesar de estar meio "down", não me dou a estas frescuras.
Acho que tudo na vida tem sua hora e seu lugar.
Se tiver que ser vai ser.
Se não tiver que ser, não vai ser. Super filosófico.
Agora até já consigo dizer pra Nathália: "Amada, vem com a vó". Dá um nó no estômago, mas é um começo!
Afinal, o futuro a gente vê numa bola de cristal? Claro que não.
Eles não são lindos?
Amo vocês, meus amores!
terça-feira, fevereiro 03, 2009
Futuro previsível?
Está tudo difuso. É o que dá usar uma bola de cristal de segunda mão. [...] Decido apelar para a técnica brasileira de consertar qualquer aparelho. O tapa parece funcionar, pois imediatamente surge uma cena do futuro na bola de cristal. [...] descubro que todas as ruas da cidade estão tomadas por barracas de camelôs, que vendem de tudo, do chaveirinho ao refrigerador. [...] Deduzo que as lojas de comércio como nós as conhecemos hoje estão todas nos shopping centers, assim como os cinemas, os teatros, os restaurantes finos, os ginásios de esportes e os bancos. [...] Mas espera um pouquinho. Esta bola de cristal continua funcionando mal. Ou está, deliberadamente, tentando me enganar. Este futuro é tão exageradamente catastrófico quanto o passado idílico que ela mostrou era falso. Tendemos a escurecer nossos prognósticos na mesma medida em que fantasiamos nossas lembranças. Se o presente está mal é em contraste com um passado de possibilidades perdidas, e o futuro só pode ser pior. [...] Os que freqüentam o Centro, hoje, são os mesmos – multiplicados pelo descaso – que há anos habitavam os arredores da nossa cidade idealizada. Só que agora entraram na sala. [...] Adivinhar o futuro pelo presente tem seus riscos: há alguns anos qualquer profeta juraria que, no ritmo em que ia, Porto Alegre seria uma cidade completamente sem árvores em pouco tempo. Aconteceu o contrário. Alguém, em algum ponto, por alguma razão, tomou uma medida que reverteu a tendência antiverde e o resultado é que Porto Alegre é hoje uma das cidades mais arborizadas do País. Pode muito bem estar se preparando outro futuro, que esta bola de cristal deformada insiste em me sonegar. Acho que ela vai levar outro tapa.
Luís Fernando Verissimo, na crônica Bola de Cristal
Luís Fernando Verissimo, na crônica Bola de Cristal
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Nossa Casa
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