Depois de 7 anos de casamento: decidido. Meu marido e eu teríamos mais um filho. Eu já tinha dois do primeiro casamento. Bom, então tá, sei que não é fácil depois de ter dois filhos, sendo que o mais velho com Anemia Falciforme, sempre precisando de atenção, atendimento urgente, etc,etc. O mais novo já estava com 10 anos e era até então o nosso bebê. Mas tudo bem, vamos tentar. Pensei eu: tomo pílula há mais ou menos 10 anos, ininterruptamente, no mínimo vou levar uns bons seis meses até engravidar. Dá tempo de me preparar psicologicamente pra depois de tanto tempo recomeçar. Era outubro de 1997. Em dezembro estava grávida, e já sabia, mesmo sem fazer exame que aquela sementinha que tinha dentro de mim era uma menina. Meu marido sempre quis, eu nem tanto. Sempre achei que cuidar de guri era bem melhor, mais fácil. Mas eu sabia, ela queria vir, então estava lá, plantadinha dentro de mim. Passei meus nove meses de gravidez trabalhando, parei exatamente no dia 7 de setembro porque minha barriga era, como dizia a Dra. Carmem: “um escândalo”. Lembro que fui jantar uma noite na casa de minha irmã e quando ela me viu quase morreu rindo, porque além de enoooorme, eu parecia uma pata caminhando. Parei de trabalhar por pura falta de condições de caminhar, era quase impossível. Nos últimos dias meu marido estava ansioso, pois, pai biológico de primeira viagem, achava que estava passando da hora, que os médicos estavam errados, estas coisas. Então decidi ir ao médico dia 28 de setembro. Pela manhã já havia sinal de aquele seria o grande dia. Então o Dr. Sérgio no exame de toque, deu uma forcinha pra que aquele fosse sim o dia do nascimento da florzinha do meu jardim. Flor de pimenta, já que não existe flor de pipoca. Antes de ir para o hospital, já com as dores de parto, liguei pra família inteira avisando que ela nasceria. Enquanto isso, meu marido só faltava subir pelas paredes, nervoso e brabo comigo. No caminho para o hospital ele foi o tempo todo me olhando e perguntando: “E aí como está? Tudo bem? Sem falar que quase passou por cima de vários carros, como se eu fosse parir ali mesmo no carro. Já pensou? Que trabalhareira depois pra limpar, o carro é claro. Logo ele que cuida de carro como se fosse um filho. Então, depressa que esta guria tem que nascer mesmo é no hospital e não no carro dele.......he,he,he,he. Então ela nasceu. Camile! Este é o nome dela. Nasceu às 91:20. Um bebê robusto e bem gordinho, com quase 4 kilos, o bebê mais bonito da maternidade. E ela era saudável, linda, maravilhosa! E lá se vão oito anos. É, o tempo voa, parece que foi ontem. Hoje, dia 28 de setembro, meu bebê está completando oito anos de idade. E eu que nunca pensei em ter uma filha mulher, tenho hoje esta preciosidade que Deus me deu de presente, já me presenteou com a sua saúde perfeita e fazendo com que eu realizasse um grande sonho que até então eu não havia conseguido com meus outros dois filhos: amamentar. Matei minha vontade, mamou até 2 anos e dois meses, só parei por que ela já comia de tudo, já estava cheia de dentes e quando eu chegava do serviço ela só conseguia enxergar “o mamá”. Foi inesquecível pra mim, uma realização, além dos benefícios que o leite materno trouxe pra ela. Ela é muito esperta, inteligente, linda, decidida e muuuuito medonha. É a minha florzinha de pimenta como eu digo, pipoca como diz o mano mais velho e bebeinho como diz o pai. Minha filha querida, que Deus te ilumine e proteja sempre. Que tu sejas muito feliz em tua vida e que continues assim sendo carinhosa e amorosa como és. Que continues estudiosa e saibas aproveitar com responsabilidade tudo de bom que a vida tem pra te dar. Eu te amo muito, muito, muito. Agora e sempre. Feliz Aniversário. Um beijo da mami com amor. |
2 comentários:
Luisa, que fotos lindas de vcs duas!!! Parabéns prá voces!
Lindo tudo o que tu falaste!
Parabéns!
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