Enxaqueca. Ter ou não ter, eis a questão!

Vou contar mais um assunto. Verídico!Acredite se quiser.Bom como todo mundo sabe a grande maioria das mulheres sofre de dor de cabeça, isso quando ela já não se tornou uma terrível enxaqueca.Eu, como não poderia deixar de fugir muito à regra e como também a enxaqueca é hereditária, sofria também deste mal.Lá estava ela, presente em minha vida desde que era adolescente. Tenho a lembrança de ir para o colégio e a cada passo que eu dava era como se um sino de igreja ecoasse dentro da minha cabeça. Horrível! Com o passar do tempo, a dor só veio a piorar, pois veio a menstruação com ela a TPM, depois os anticoncepcionais e claro, a idade foi aumentando, consequentemente a dor foi piorando.Lembro que muitas vezes eu chegava em casa e nem conseguia fazer nada, tomava um remédio (que é uma cacetada!) e me trancava no quarto escuro por mais ou menos duas horas até a dor passar. Quando eu levantava ou estava mal do estômago ou meio dopada com o efeito do remédio.Passei por isso durante muitos anos, ficava mal no serviço, tinha que ir embora pois a dor era imensa que eu não conseguia nem raciocinar, além de ficar enjoada, com náuseas, tonta, etc. Era um inferno.Um dia, descobri no hospital onde trabalhava que iria abrir um ambulatório somente para tratar de enxaqueca. Me inscrevi, fiz os exames, a consulta e o resultado: teria que tomar diariamente um remédio para pressão, mesmo eu tendo pressão normal porque este remédio ajuda a “prevenir” a enxaqueca, ela viria de qualquer forma, de qualquer jeito. Não há remédio para a cura e sim para tratamento e prevenção.Tudo bem, se é assim que tem que ser, assim será. Trocava “figurinhas” com muitas amigas que também sofrem deste mal, pois isto já fazia parte do meu ser.Lembro que uma colega me chamava carinhosamente de “Miss Enxaqueca”, tal era a freqüência que eu a tinha. Muitas vezes eu ficava de três a quatro dias com dor de cabeça, ia trabalhar assim mesmo, mas com certeza o rendimento não era normal.Bom, um belo dia, um médico neurologista, professor do hospital me pergunta: “E aí Luisa, como está tua dor de cabeça? Aliviou, teve melhoras?” Respondi que não, tudo continuava igual como antes. Ele me respondeu: “Isso não está certo, não pode continuar assim, teremos que investigar”.Quando ele saiu, eu disse pra mim mesma: Com certeza, isto não está certo. Eu não nasci com esta dor maldita. Isso tem que terminar. A partir de hoje não vou ter mais dor de cabeça. Me nego a ter que tomar remédio todos os dias, ainda mais sabendo que não vai resolver meu problema, nem me curar.Pois bem, acreditem se quiserem. A partir deste dia eu dei todos os remédios que eu tinha pra minha irmã (que também sofre deste mal) e NUNCA mais tive enxaqueca. Isto faz mais ou menos 3 anos. Pode isso? Como explicar? O que aconteceu? Sei lá, só sei dizer que muitas vezes ela tentou voltar, mas a minha voz interior falava com ela (a enxaqueca) que ali ela não pousaria seus efeitos maléficos nunca mais. Tenho sim claro, dor de cabeça normal, principalmente na época da TPM, mas até estas dores eu já consigo fazer com que quase sejam insignificantes. Este mês por exemplo, tive um leve “fiapo” de dor que com um remedinho normal passou.Pois é gente, eu conto isso para as pessoas e quase ninguém acredita. Só mesmo quem me conhece. E pasmem, perguntei ao médico neurologista que disse que isso teria que ser investigado e sabem o que ele me disse? Que o que eu havia relatado, tem lógica e há estudos científicos que comprovam isto. O que pode influenciar são muitas coisas como por exemplo o bom momento que a pessoa está passando e que de repente tudo pode voltar à tona. Bom, eu não sei explicar, só sei que comigo funcionou e deu certo. Me nego em ter novamente aquelas dores horríveis que acabavam comigo. Não permito nem por decreto que elas voltem, afinal eu decido o que é bom pra mim. E o bom é NÃO ter mais enxaqueca. E Viva o pensamento positivo!!!! Por hoje era isso. Até o próximo assunto.